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O aumento de consumo de álcool na pandemia

Atualizado: 2 de mai. de 2022




A pandemia do Coronavírus trouxe diversas mudanças sociais, comportamentais e emocionais, acarretando tristeza, dor e transformação. Há um grupo de pessoas que estão sofrendo ainda mais com as consequências: os dependentes químicos.


Nos meses de isolamento social, entre 2020 e 2021, observou-se um expressivo aumento no número de vendas de bebida alcóolica em supermercados.


Este cenário pode ser justificado pela depressão, solidão e insegurança, principalmente. Durante a pandemia as pessoas se viram obrigadas a ficar isoladas por longos períodos, tiveram medo de adoecer, perder o emprego, ter sua renda diminuída e morrer. Muitos perderam familiares e amigos para a doença. Foram tantas as dificuldades que encontraram refúgio, companhia e até conforto, no consumo de álcool, pela sua fácil aquisição em supermercado.

Mas e se eu beber só no final de semana?

Apesar do uso do álcool ser tratado como um hábito comum, por ser legalizado, não significa que ele não é prejudicial. Mesmo quando o uso é esporádico, não existem quantidades seguras, uma vez que o usuário tende a passar por um processo antes de se tornar dependente.

Este processo é diferente para cada pessoa e mesmo aquela “cervejinha para relaxar no final de semana”, pode, a longo prazo, prejudicar a saúde física, mental ou mesmo acarretar acidentes, brigas ou afetar relacionamentos sociais e o trabalho. Além disso, a genética influencia no desenvolvimento do vício, sendo que em alguns casos, o primeiro contato com a bebida alcoólica é suficiente.


Como ter certeza se a pessoa se tornou dependente química?

A dependência química é considerada uma doença quando a pessoa depende da substância e perde o controle sobre o uso, querendo sempre consumir mais, ainda que isso prejudique sua saúde, finanças, família e outros aspectos.

O dependente químico não consegue cessar a dependência sozinho somente com a força de vontade. Hoje, sabemos que o corpo muda seu funcionamento com o uso das substâncias e, com isso, deixar o vício é muito difícil sem o auxílio de um especialista em tratamento para dependência química.


O que aconteceu na pandemia?

Os acontecimentos gerados pela pandemia aumentaram o estresse e induziram ao uso abusivo de álcool e drogas. Aliado a isso, tivemos as restrições de circulação que restringem o contato social e impedem que as pessoas que precisam participar das reuniões de grupos de apoio tenham o amparo necessário.

A perda de entes queridos, adoecimento, impossibilidade de velar entes queridos e mudanças no cotidiano foram aspectos que justificam a dependência química, além de recaídas em pessoas que estavam em tratamento.


O que fazer ao perceber a dependência química?

O primeiro passo é reconhecer que o vício move a vida da pessoa. O dia depende do álcool para se desenrolar, guiando as tarefas. É necessário acompanhamento médico, pois somente psicoterapia pode não ser suficiente. O tratamento com medicamentos ajuda a controlar a síndrome de abstinência e impede os avanços de doenças psiquiátricas.

A identificação do estímulo que impulsiona o uso recorrente também deve ser percebida. Identificar o “gatilho" da vontade de beber é importante. Como tratamento complementar recomenda-se a prática de exercícios físicos e, aumentar o contato com amigos e familiares.


Busque ajuda de um profissional especializado, isto pode salvar a sua vida. A Dra. Michele é médica psiquiatra e já tratou pacientes com esta desordem. Agende a sua consulta em Canoas ou Porto Alegre/RS pelo telefone (51) 3103-0287. Ela também oferece telemedicina e receita digital com QR Code válida em todos o território nacional.

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